segunda-feira, 8 de junho de 2009

Videos Recomendados

- Depoimento sobre a vida nos EUA:

Matéria do SBT Brasil sobre imigrantes brasileiros sendo barrados por oficiais da imigração no Reino Unido. Entrevista com Daniel Florêncio e trechos do filme "A Brazilian Immigrant":
Imigrantes brasileiros são atingidos pela crise econômica mundial:

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Imigrantes Brasileiros desistem dos EUA


Matéria do New York Times mostra uma nova tendência de imigrantes brasileiros, após mais de uma década vivendo ilegalmente nos Estados Unidos, voltarem para o Brasil. O número de passagens só de ida para o Brasil emitidas nos Estados Unidos dobrou desde o ano passado. Entre os motivos mais comuns que levam esses brasileiros a desistir do sonho americano, está o custo de vida alto - principalmente de moradia -, a dificuldade de obter greencard ou cidadania ou de renovar a identidade/carteira de motorista, e a valorização do real diante do dólar. O sacrifício de trabalhar duro para ganhar em dólar não está gerando economias suficientes para fazer a vida seja nos EUA ou no Brasil, ou para ajudar os parentes que ficaram para trás. O fato de a economia no Brasil ter melhorado também é um incentivo para voltar à terra natal, principalmente para os que investiram em comprar imóveis no Brasil enquanto estavam fora e o dólar era supervalorizado em relação ao real. O mais duro para esses brasileiros, é deixar uma comunidade que gostam muito, e onde os filhos foram criados, fizeram amigos e freqüentam escola.

A foto mostra a realidade de imigrantes ilegais que fazem de tudo para tentar a vida nos Estados Unidos.

Depoimento de um imigrante

Eustáquio Pires, 52 anos, proveniente de Ipatinga, Minas Gerais, residente em Massachusetts (um dos 50 Estados dos EUA), ele trabalha setenta horas por semana, enviando todas suas economias ao Brasil, para a esposa e os filhos que lá ficaram. Certo de que ela estava aplicando o dinheiro em algo produtivo. Porém, descobriu, por acaso, que a esposa recentemente havia abandonado o lar, os filhos mais velhos em casa, e simplesmente gastou todo o dinheiro, estando ainda endividada. 
Um verdadeiro baque para esse senhor humilde, que há quatro anos encontra-se aqui nos EUA, trabalhando em busca de um futuro melhor para si e sua família. 

"A vida nos Estados Unidos é difícil, como trabalhamos... Quase não tenho tempo para pensar em minha vida, pois quando a noite chega o cansaço é tanto que só quero dormir. Para mim, saber que estava construindo um futuro para minha família, era a força necessária que me incentivava a batalhar aqui nesse país. Tudo o que a esposa pedia eu enviava, confiando na pessoa que sempre foi tão carinhosa e amável comigo", disse Eustáquio.

E continuou: "Muitas vezes meus amigos aqui me alertaram para que eu guardasse um pouco de minhas economias, para que procurasse me informar melhor onde o dinheiro estava sendo aplicado. Mas não possuo familiares na mesma cidade, e como confiava plenamente na esposa, eu nunca dei atenção ao conselho de meus amigos. Na minha consciência, eu tinha certeza que fazia a coisa certa. Estava sendo um bom marido por não deixar faltar nada do que me era solicitado. Agora meu mundo desabou... Não sei o que fazer. Ainda bem que possuo uma filha de 18 anos, do primeiro casamento — sou viúvo de minha primeira esposa —, e assim posso enviar dinheiro no nome dela para que ela possa cuidar de meus outros filhos, que agora estão sob os seus cuidados. Não posso retornar ao Brasil agora. Primeiro, porque não possuo condições monetárias; segundo, porque meus documentos de legalização estão sendo processados e não posso perder essa oportunidade de legalizar-me... A única coisa que me resta agora é ter fé... Por esse motivo, lhe procurei, pois quero que você alerte as pessoas para que fiquem mais atentos ao enviar todo o fruto de seu suor ao Brasil", relatou Eustáquio.

Grande parte das pessoas que estão nos Estados Undidos enviam remessas monetárias ao Brasil. Uns o fazem para sustentar a família que lá se encontra, outros o fazem para investir em algum tipo de comércio, ou, ainda, para deixar o dinheiro guardado. 

A verdade é que casas de remessas estão espalhadas por todos os cantos dos Estados Unidos, tamanho é o volume de dinheiro que os "brazucas" enviam ao Brasil, na esperança de realizar seus sonhos e/ou suprirem necessidades de familiares e parentes, sejam quais forem os motivos. 

História da Imigração no Brasil

Podemos considerar o início da imigração no Brasil a data de 1530, pois a partir deste momento os portugueses vieram para o nosso país para dar início ao plantio de cana-de-açúcar. Porém, a imigração intensificou-se a partir de 1818, com a chegada dos primeiros imigrantes não-portugueses, que vieram para cá durante a regência de D. João VI. Devido ao enorme tamanho do território brasileiro e ao desenvolvimento das plantações de café, a imigração teve uma grande importância para o desenvolvimento do país, no século XIX.

Em busca de oportunidades na terra nova, para cá vieram os suíços, que chegaram em 1819 e se instalaram no Rio de Janeiro (Nova Friburgo), os alemães, que vieram logo depois, em 1824, e foram para o Rio Grande do Sul (Novo Hamburgo, São Leopoldo, Santa Catarina, Blumenau, Joinville e Brusque), os eslavos, originários da Ucrânia e Polônia, habitando o Paraná, os turcos e os árabes, que se concentraram na Amazônia, os italianos de Veneza, Gênova, Calábria, e Lombardia, que em sua maior parte vieram para São Paulo, os japoneses, entre outros. O maior número de imigrantes no Brasil são os portugueses, que vieram em grande número desde o período da Independência do Brasil.

Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país.  No ano de 1908, começou a imigração japonesa com a chegada ao Brasil do navio Kasato Maru, trazendo do Japão 165 famílias de imigrantes japoneses. Estes também buscavam os empregos nas fazendas de café do oeste paulista.

Todos estes povos vieram e se fixaram no território brasileiro com os mais variados ramos de negócio, como por exemplo, o ramo cafeeiro, as atividades artesanais, a policultura, a atividade madeireira, a produção de borracha, a vinicultura, etc. 

Atualmente, observamos um novo grupo imigrando para o Brasil: os coreanos. Estes não são diferentes dos anteriores, pois da mesma forma, vieram acreditando que poderão encontrar oportunidades aqui que não encontram em seu país de origem. Eles se destacam no comércio vendendo produtos dos mais variados tipos que vai desde alimentos, calçados, vestuário (roupas e acessórios) até artigos eletrônicos. 

Embora a imigração tenha seu lado positivo, muitos países, como por exemplo, os Estados Unidos, procuram dificultá-la e, sempre que possível, até mesmo impedi-la, para, desta forma, tentar evitar um crescimento exagerado e desordenado de sua população. Cada vez mais medidas são adotadas com este propósito e uma delas é a dificuldade para se obter um visto americano no passaporte.

Conclusão: O processo imigratório foi de extrema importância para a formação da cultura brasileira. Esta, foi, ao longo dos anos, incorporando características dos quatro cantos do mundo. Basta pararmos para pensar nas influências trazidas pelos imigrantes, que teremos um leque enorme de resultados: o idioma português, a culinária italiana, as técnicas agrícolas alemãs, as batidas musicais africanas e muito mais. Graças a todos eles, temos um país de múltiplas cores e sabores. Um povo lindo com uma cultura diversificada e de grande valor histórico.

Você sabia?

- Comemora-se em 25 de junho o Dia do Imigrante.